ABRAÇO BRASIL (Foto: ABRAÇO BRASIL )
ASSOCIAÇÃO DE RÁDIOS COMUNITÁRIAS DO ESTADO DE SANTA
CATARINA (ABRAÇO CATARINENSE)
As Rádios Comunitárias
do Sul do Brasil repudiam as declarações do Diretor da ACAERT o Srº Ranieri
Bertoli.
As emissoras de Rádios Comunitárias foram surpreendidas com a
manifestação do Srº, Marcello Corrêa Petrelli, Presidente da ACAERT, em
encontro que contou com a Participação da Associação das Emissoras de
Radiodifusão do Paraná – AERP; da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão
– AGERT; Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão – ACAERT;
Associação dos Diários do Interior – ADI/SC; e da Associação dos Jornais do
Interior – ADJORI. Estas entidades formam o G-SUL, grupo que detém o monopólio
da comunicação no Sul do País, e juntas representam em torno de 875 emissoras
de rádio, 46 emissoras de TVs, e 420 jornais impressos, e mesmo assim se
intitulam Mídia Regional.
Estas associações participaram do “Momento Brasil, Café da
Manhã com o Presidente”, e estiveram com o Presidente de Republica, Jair
Bolsonaro, na última quinta-feira (22/08), às 8h, em Brasília.
Na ocasião, o Diretor e representante da ACAERT, o Srº
Ranieri Bertoli, em seu discurso ao se dirigir ao Presidente da República, Jair
Bolsonaro, e de uma forma irresponsável, denegriu a imagem do povo Catarinense
e do Sul do Brasil, e de forma covarde e preconceituosa, com discurso de ódio,
atacou também o povo Nordestino. Também, em tom leviano, agrediu os meios de
comunicação de menor potencial, em especial as emissoras de Rádios
Comunitárias, ao rotular de clandestinas e ilegais, mostrando total
desconhecimento da LEI FEDERAL Nº 9.612, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. As Rádios
Comunitárias são regulamentadas pela Lei supracitada, e fiscalizadas pelo
Ministério das Comunicações e pela Anatel.
Vejamos as falas espúrias do Diretor:
1. Mente por que; as emissoras de Rádio Comunitária são
fiscalizadas, e, sim, também pagam tributos, taxas anuais de fiscalização e
funcionamento, alvará municipal e recolhem os devidos impostos municipais, sem
falar no fomento econômico nas comunidades onde elas estão inseridas.
Hoje existe aproximadamente 4.700 emissoras de Rádios
Comunitárias outorgadas espalhadas por todo Brasil, e na média conta com até
sete colaboradores por emissora, gerando diretamente 30 mil postos de trabalho.
2. Mente por que; não somos concorrentes, aliás as Rádios
Comunitárias são entidades sem fins lucrativos, e ao contrário das rádios
comerciais, muitas Rádios Comunitárias estão em localidades que nem as comercias
tem interesse em se instalar, pois não tem o “potencial econômico” desejáveis
para eles, já que as rádios comerciais, sempre vislumbraram o lucro e o
interesse próprio em primeiro lugar, e por isto pecam na vocação maior, que é o
da informação e entretenimento para as pessoas, as Comunitárias pelo contrário
são uma ferramenta de livre manifestação popular.
3. Mente porque; em Santa Catarina, o estado com 295
Municípios, tinha até meados dos anos de 1990 pouco mais de 80 emissoras de
Rádios Comerciais, e hoje em 2019, são em torno 271 Emissoras mostrando um
aumento significativos destas emissoras.
4. Mente por que; não foram aliados ao então candidato na
época e hoje Presidente Jair Messias Bolsonaro, esse grupo que hora procurou o
Presidente, capitaneados pela Acaert e Abert grupo poderoso de Rádios e TVs,
que detém o monopólio das comunicações, e que trabalharam de forma orquestrada
e maciçamente contra a sua candidatura, e tentaram até os últimos suspiros
emplacar outro nome para ser o Presidente da República. Bem diferente da
postura das Rádios Comunitárias que foram em sua maioria absoluta isonômicas, e
Santa Catarina é a maior prova desta isonomia, onde as Rádios Comunitárias
agiram de forma totalmente imparcial passando pelo processo eleitoral com
programação aberta a todas as correntes ideológicas e dentro da lei.
Radios Comunitárias do Interior sim!
As Rádios Comunitárias em sua maioria, têm uma jornada de 24
horas no AR, e traz em sua grade um jornalismo local com editorial próprio e
com uma programação no geral que vem ao encontro das comunidades aproximando as
pessoas; e isto sim, é a prova de que quem faz comunicação de interior somos
nós das Comunitárias, e não estas associações que agora querem aproveitar a
nova “forma de governar”, que o atual governo vem demostrando e tentando
quebrar o monopólio das grandes mídias.
As rádios comunitárias não se furtam de colocar no AR as suas
obrigações como as transmissões da Voz do Brasil e os pronunciamentos oficiais,
e também em âmbito estadual das Assembleias Estaduais, do Executivo Estadual, e
claro o local, abrindo espaço as Câmara de Vereadores, e as administrações
Municipais, divulgando os eventos, os trabalhos e as campanhas.
Em nossa grade de programação, somos parceiros de todos os
programas sociais, Escolas, APAEs, Rede Femininas de Combate ao Câncer, Corpo
de Bombeiros Militar, a PM, Sociedade Civil, Poder Judiciário, Ministério
Público, enfim a comunidade em geral.
O Brasil e o povo brasileiro não toleram mais comportamento
nefasto e radical, como o proferido por esse representante de um segmento que
consideramos essencial para a democracia em nosso País, mas não somos culpados
pelas incompetências ou ingerências de qualquer segmento da comunicação,
acreditamos que podemos conviver em perfeita harmonia e sintonia, ajudando no
desenvolvimento do Brasil.
A grande fatia do dinheiro Público sempre banhou os cofres
das grandes redes de comunicação e, por isso, gerou comodismo destas empresas.
O advento desta nova realidade vem fazendo este seguimento ter atitudes como
estas, que chega a ser covarde com as Comunitárias.
Nosso potencial, (Rádios Comunitárias) é limitado, e
sobrevivemos apenas com contribuições da comunidade ou com os apoios culturais,
e somos nós que desbravamos e levamos a comunicação aos locais mais remotos e
ermos deste imenso Brasil, contribuindo com os micros e pequenos negócios, e
gerando economia e movimento o comércio as administrações nestas localidades.
A quebra do monopólio das comunicações é o maior marco a ser
conquistado pela Sociedade Brasileira como um todo, e acreditamos em nosso
Presidente da República para uma saída harmónica e que atenda de forma pacífica
os interesses da coletividade sem tirar as conquistas dos direitos do Povo
Brasileiro.
Precisamos avançar sempre, e não retroceder!
Abraço Catarinense (Associação de Rádios Comunitárias
do Estado de Santa Catarina)
Abraço Rio Grande do Sul (Associação Gaúcha de
Radiodifusão Comunitária)
Abraço Brasil (Associação Brasileira de Radiodifusão
Comunitária)